ChatGPT: reflexão sobre o uso ético e seguro da plataforma

Autor: Ademir Piccoli

Nos últimos meses, o ChatGPT, modelo de linguagem criado pela OpenAI, tem rendido ótimas discussões sobre a capacidade de aprendizado através dos algoritmos e, principalmente, sobre quais são os limites do uso desses recursos.

No nosso último Expojud Digital, tivemos um debate incrível sobre como a plataforma pode ser revolucionária para diversos setores, inclusive o jurídico. No entanto, outros pontos importantes foram levantados: como o ChatGPT impacta na cibersegurança? Quais são os perigos relacionados à essa ferramenta? É essa reflexão que eu trago neste artigo.

Em primeiro lugar, é preciso entender que o ChatGPT trabalha a partir do machine learning, o modelo de aprendizado que é potencializado através dos dados. Nesse oceano de informações, muitos materiais podem ser confidenciais ou sensíveis.

Embora a OpenAI tenha medidas de segurança para proteger os dados, a vulnerabilidade da plataforma ainda demanda atenção. Ao compartilhar essas informações com o sistema, aumentamos a possibilidade de vazamento dessas mensagens, expondo indivíduos e empresas a um risco significativo.

Outro aspecto importante a ser mencionado é a responsabilidade atribuída à plataforma. Apesar do ChatGPT ser uma ferramenta precisa e surpreendente, ela não tem consciência ou livre-arbítrio. Isso significa que qualquer informação apresentada pelo sistema é resultado do treinamento que ele recebeu do próprio usuário.

Um dos riscos disso, por exemplo, é o uso da plataforma para fins maliciosos, como phishing ou engenharia social. Nesses casos, criminosos podem criar diálogos falsos para extrair informações sensíveis de outros usuários, como suas senhas ou dados bancários. Além disso, o ChatGPT também pode ser utilizado para gerar códigos de malware, e produzir e disseminar informações falsas.

São questões como esta, relacionadas ao uso ético e seguro das plataformas de inteligência artificial, que tornam sua integração um desafio no setor jurídico.

Como mencionei durante o Expojud Digital, a cibersegurança é um problema global que deve ser encarado e resolvido na mesma proporção. No caso do ChatGPT, é fundamental que sejam criados regulamentos e medidas de segurança que possam contribuir para a proteção do usuário e dos ambientes de acesso.

Algumas dessas medidas incluem a criação de barreiras de segurança para preservar os dados sensíveis, a realização de testes frequentes para identificar e corrigir falhas rapidamente, e a educação dos profissionais envolvidos na utilização da IA.

Por fim, preciso destacar que, mesmo com todos os avanços tecnológicos, ainda não existe uma solução completa para garantir a segurança e privacidade dos dados pessoais.

É importante que as empresas e indivíduos estejam cientes dos riscos envolvidos no uso de plataformas como o ChatGPT e avaliem maneiras adequadas de integrar essas ferramentas em suas atividades, explorando sempre seu potencial inovador.

Se quiser saber mais sobre o tema, o Expojud Digital ainda está disponível na íntegra no canal do YouTube do J.Ex: 

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