A evolução dos superaplicativos no meio corporativo
Autor: Ademir Piccoli
Como alguém que está diretamente envolvido com o mercado tecnológico e sempre à frente dos assuntos de inovação, principalmente no setor público, tenho observado um grande crescimento no uso dos chamados superaplicativos. Se tu não está familiarizado com o termo, eu explico: são sistemas que oferecem uma ampla gama de serviços e funcionalidades em um único lugar. Essas plataformas combinam recursos como compras online, serviços bancários e reservas de viagens, por exemplo. Aplicativos populares como o do Mercado Pago, iFood e Magalu, entram nessa categoria.
O próprio WhatsApp, o favorito dos brasileiros, está caminhando nessa direção. Em novembro do ano passado, a Meta (conglomerado responsável pela empresa) anunciou que os usuários na Índia já poderiam utilizar o app para fazer compras locais. A ideia é que o sistema evolua para algo semelhante ao WeChat, a versão chinesa que começou como um aplicativo de mensagens, mas rapidamente expandiu para oferecer pagamentos, compras, jogos e serviços.
No mundo corporativo, os superaplicativos estão sendo explorados para aumentar a eficiência e a produtividade diária. Dentro do ecossistema de justiça, eles podem ser utilizados para simplificar o gerenciamento dos casos, oferecendo recursos como agendamento de audiências, compartilhamento de documentos, comunicação com clientes e monitoramento de prazos.
Os sistemas também podem ser usados para facilitar a comunicação e colaboração entre advogados e outros profissionais do setor jurídico, permitindo que eles compartilhem informações e trabalhem juntos em casos específicos. Dessa mesma forma, as plataformas integradas podem ajudar a melhorar a experiência do cliente, fornecendo acesso fácil às considerações sobre os casos, com atualizações em tempo real.
Como sempre gosto de reforçar ao falar de tecnologia aplicada ao ecossistema de justiça, os superaplicativos também apresentam alguns desafios, principalmente relacionados à cibersegurança e privacidade das informações; já que estamos habituados a lidar com dados sensíveis.
Para lidar com isso, é fundamental recorrer a mecanismos de segurança online e técnicas de desenvolvimento avançadas, com armazenamento em nuvem, dupla autenticação dos dados e criptografia, por exemplo. Além disso, é importante garantir que os colaboradores e envolvidos nos projetos estejam devidamente treinados para usar a tecnologia de forma adequada, seguindo as melhores práticas de segura.
Apesar desses desafios, ainda acredito que os superaplicativos são uma tendência inevitável no setor público e que as organizações que adotarem essa tecnologia terão uma vantagem significativa no mercado.
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